Relatório do Tribunal
de Contas critica concentração no modelo rodoviário. Vale a pena dar uma
olhada no relatório do ministro José Mucio Monteiro, do Tribunal de
Contas da União, indicando que o problema de infraestrutura do
agronegócio no Brasil não se restringe à inadequação ou
insuficiência de estradas e portos para o escoamento da produção.
O problema vai além, reside na própria matriz de transportes
brasileira que privilegiou o modal rodoviário em detrimento dos
transportes ferroviário e aquaviário, que apresentam custos
significativamente menores para maiores distâncias. O trabalho
constatou, ainda, que a alocação de recursos humanos para ações
de planejamento no setor rodoviário supera a dos demais modais, o
que pode, inclusive, vir a comprometer o objetivo de ampliar a
participação dos modais ferroviário e aquaviário na matriz de
transportes brasileira. Em relação ao predomínio do modal
rodoviário, Monteiro afirma que "embora o planejamento do setor
aponte para uma mudança dessa realidade em 2025, com maior
equilíbrio entre os modais, a concretização da mudança depende de
vultosos investimentos, sejam públicos ou privados, que os elevem,
dos atuais 0,7% do PIB, a patamares próximos aos verificados em
outros países, dos quais menciono o Chile (2%) e a China (4%)".
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