É preocupante o relatório aprovado pela Subcomissão criada na Camara dos Deputados para analisar a situação crítica por que passam as santas casas, hospitais e entidades filantrópicas que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde. A subcomissão funcionou com respaldo na Comissão de Seguridade Social e Família. O dado revelador: os valores praticados pelo SUS para a remuneração dos serviços ambulatoriais e hospitalares permanecem defasados, e a remuneração cobre, em média, apenas cerca de R$ 65 para cada R$ 100 gastos, considerando todos os níveis de complexidade de atenção, inclusive o de alta complexidade, cuja remuneração não apresenta discrepância significativa em relação aos seus custos. Há, portanto, segundo o relatório, uma defasagem média de cerca de 54% nos valores praticados atualmente. Em números,hospitais filantrópicos prestaram serviços pelo SUS,que totalizaram em 2011, custos de R$ 14,7 bilhões. O SUS pagou por estes serviços R$ 9,6 bilhões. Assim, o deficit em 2011 chegou a R$ 5,1 bilhões,financiados através de operações com bancos comerciais. Isto significa que o tão alardeado modelo do SUS só funciona, porque na verdade,vem sendo financiado pelos estabelecimentos filantrópicos.
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